O Compêndio da Terra dos Cornos
"Há muito, muito tempo, existiu um reino, Que se estendeu por todo o mundo conhecido..."
Naquele tempo, para fugir da loucura do rei-destino, um soldado lendário chamado Vatapá liderou uma legião de refugiados para uma faixa de terra erma no norte do continente, delimitada por duas penínsulas montanhosas. Espremida entre o litoral e o sertão agreste, aquela região era tão hostil, que mesmo o grande reino não ousara se expandir para lá. Em represália aos fugitivos, o rei-destino conjurou uma vasta tempestade sobre o golfo entre as duas penínsulas, impedindo a navegação e isolando a região quase completamente, exceto por uma pequena passagem junto à costa, nas montanhas a leste, por onde ainda mais refugiados viriam adentrar. Enfrentando feras terríveis, a secura hostil e o isolamento, o povo daquela terra se tornou forte e valente, e os maiores entre eles, para mostrar seu domínio, passaram a adornar seus chapéus com chifres, de forma que, vistas suas silhuetas, parecessem demônios. Eras se passaram, o grande reino dos tempos antigos ruiu, mas o mundo continuou a girar. O povo daquela região prosperou, e os forasteiros que ali visitavam retornavam dizendo: "Aquela é a terra dos cornos". O próprio povo adotou o nome com orgulho, e a pequena nação passou a ser conhecida como Cornália.
Artigos desta série
O Vale Verde, entre os dois braços do Rio Seu Chico, é a região mais fértil e próspera de toda Cornália.
Terras às margens do Rio Seu Chico e seus afluentes, conquistadas pelos invasores da cidade voadora de Matríxia e isoladas do resto do mundo.
A região árida que limita a Cornália pelo oeste, o ermo ocidental é uma terra de assentamentos fracassados e miséria.
Uma tentativa fracassada de ligar a Cornália aos reinos ao sul.
Entre os rios Seu Chico e Catengão, essas rotas comerciais são margeadas por assentamentos e assoladas por bandidos.
Uma região de sertão, fronteira leste da Cornália e berço de toda a civilização corna.
A fronteira sul da Cornália, a Catinga Danada é um ermo árido e mortífero. Além do calor, da secura e dos monstros que habitam a região, a própria terra clama a vida de qualquer um que dormir ali.
Para deixar a Cornália, os viajantes precisam percorrer uma longa rota através das montanhas. Do outro lado, se encontra Dragona, o reino dos dragões.
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As tradições e crenças do Divino Pai, principal religião da Cornália.
A crença em Anaren, deus-mar, comum no litoral da Cornália.
Mapa da Cornália (clique para expandir)