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Tiago Moreira

Por trás de um feitiço

Este artigo faz parte da serie: As altas ciências de Anima

 
O olhar de um magista é capaz de ver as energias arcanas fluindo...

Embora magistas manipulem energias arcanas, fazê-lo não é um ato apenas de vontade. Uma conjuração incauta pode levar a consequências sérias; as energias envolvidas, se não forem direcionadas com delicadeza, podem fugir ao controle. Na melhor das hipóteses, uma mágica mal feita se dissipa de forma inofensiva. Na pior, ela pode danificar o praticante ou seus arredores. Por isso, a capacidade de um magista não é ilimitada; seu poder depende de quais feitiços domina.

Um feitiço é como uma rotina. Descrito de forma abreviada, o magista o visualiza mentalmente, tece-o de acordo com parâmetros, e usa sua intuição para "sentir" a reação da energia arcana e liberá-la caso flua da forma planejada. Gestos ou palavras são usados para ajudar na concentração e parametrização de um feitiço. Estes atos não são universais, mas pessoais: magistas distintos podem realizar atos completamente diferentes para conjurar um mesmo feitiço.


Isso é similar ao treinamento de um artista marcial, mas dedicado à mente, não ao corpo. O treinamento marcial exige repetição de movimentos até que se tornem naturais e reflexivos. No lançamento de uma magia, a mente do praticamente relaciona certos procedimentos arcanos aos gestos, de forma que, executando-os, sua mente tem mais facilidade em obter o efeito desejado.


Feitiços simples envolvem gestos mínimos: um aceno de mão, um sussurro, um movimento da cabeça. Conforme a complexidade do feitiço aumenta, mais intrincadas se tornam as rotinas correspondentes. Esse treinamento permite que o magista evite erros mesmo sob pressão.


Mesmo que tenha dominado múltiplos feitiços, um conjurador ainda tem outra limitação: seu vigor. Cada feitiço exaure um pouco do fôlego do praticante. Uma mágica básica equivale a alguns minutos de caminhada; as mais complexas cansam como alguns segundos de corrida. Por isso, magistas tendem a exercitar a respiração, a fim de manter o fôlego por mais tempo.


Nem mesmo o mais poderoso dos magistas é ilimitado. Afinal, se o todo-poderoso rei-destino pereceu após golpeado por uma lâmina, não é um simples mortal, por mais hábil que seja, que será invencível.

 

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As práticas arcanas são divididas em oito vertentes, organizadas em três grupos mais gerais: as artes elementais, as artes fundamentais e as artes interventoras.


Evocar feitiços é uma tarefa da mente. Contudo, para que as conjurações mais potentes sejam possíveis, é necessário a posse de um implemento físico. Cajados, orbes, adagas, grimórios e outros: tais objetos são frequentemente usados como focos arcanos.

 

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