O poder do mito
Espiritualidade. Religião. Fé. Desde o princípio dos tempos, os homens olharam para a escuridão e, temerosos do desconhecido, buscaram deuses que os protegessem. Muitas crenças surgiram e morreram ao longo das eras, mas ainda hoje, de pescadores que veneram o deus dos oceanos à vasta e bem-sucedida Igreja do Sol, é raro encontrar alguém que não ore, ou ao menos preste respeito, a alguma divindade.
Por toda a História, poder e crença se entrelaçaram e se influenciaram de diversas maneiras. O lendário rei-destino, dizem, tinha o desejo de exterminar todas as religiões, a fim de não ter oposição a seu sonho de um mundo perfeito. Seu fracasso é um atestado da força da fé. Pelos milênios seguintes, a fé construiu impérios, coroou reis e depôs poderosos, mas também foi vítima de incontáveis perseguições.
Sacerdotes são homens poderosos. Não só têm influência sobre inúmeros seguidores, como acesso aos ouvidos (e exércitos) de reis. Seu poder, porém, se estende além das esferas social e política. Sua vocação lhes concede poderes sobrenaturais: curar com o toque, amaldiçoar com palavras ou punir com armas sagradas. "Inspirações divinas", dizem os devotos, provas da existência de seu deus. Tanto sábios como céticos, porém, têm suas dúvidas. Afinal, como podem religiões opostas, a maioria delas monoteísta, realizar tais milagres ao mesmo tempo? Se essas bençãos são dádivas de um deus, como podem sacerdotes renegados ou seitas heréticas manterem tais habilidades?
A natureza desses feitos é ainda desconhecida. Como não podem ser replicados pelas altas ciências, há quem os chame de "magia emocional", em oposição à magia arcana, dominada pelo intelecto. Outros apontam que poderes transcendentais vêm da prática de sacrifícios, tanto pessoais como de terceiros, e que a racionalidade não tem como compreendê-los plenamente.
No fim, o reino da fé é também o domínio das dúvidas. Não se sabe quais deuses são reais, se é que algum deles o é. Não se entende a origem dessas inspirações transcendentais. A única certeza é que crença é poder, e que esta força vem influenciando os rumos do mundo, para o bem e para o mal, desde os primórdios.
Artigos desta série
Em Anima, há uma força que governa mortais, imortais e, alguns dizem, até mesmo os deuses. Um poder maior, pouco compreendido e muito temido: o destino. Algumas almas valentes, contudo, se põem a desafiá-lo.
Nas terras áridas da Cornália, uma religião ancestral persistiu por eras: a crença no Divino Pai, o benevolente criador da humanidade.
Anaren, o deus dos mares, é uma divindade sincrética homenageada em quase todas as regiões de Anima. Onde quer que a terra encontre o oceano, pescadores e navegadores oram por suas bênçãos e temem sua ira. Afinal, o mar pode ser generoso, mas também temperamental.
Sunth, o deus-sol, é a divindade mais difundida em Anima. Seus valores são a perseverança e a compaixão, e seus símbolos são o sol, a luz e o fogo. Imbuída de uma mensagem de esperança e resiliência, a doutrina do Sol encontra devotos principalmente entre as camadas mais baixas.
A lista não acaba aqui! Esta série estará em constante expansão!
A Ordem das Revelações Dracônicas, o Panteão, os ensinamentos de Nazileus... Inúmeras religiões e cultos misteriosos se espalham por Anima. Cada qual ainda terá um papel a cumprir. No devido momento, todos serão expandidos aqui.
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